Palhaçada isso ai!

Galera depois de muito tempo estou retomando as atividades do blog, pesso desculpas pois não tive como atualizar, mas agora vamos ao que intereça.

Não sei porque, mas um belo dia, despertou no meu coração uma imensa paixão pelo circo e tudo que ele envolve, talvez seja a minha paixão pela arte que me conduziu a essa relação de afeto com este universo lúdico e único.
Olhar para as personagens envolvidas neste mundo, tem me levado a refletir na vida, na relação com as pessoas e com Deus, querendo ou não o universo circense é uma representação da vida real, a crença nas coisas imposiveis, o surpreendente e a esperança é representada pelos mágicos. A aventura e a emoção estão nos vôos dos trapezistas, a superação das dificuldades e obstáculos da vida é representada pelos malabaristas e equilibristas, os palhaços são as nossas alegrias e tristezas, e é tudo isso que faz com que o Circo seja algo tão fascinante.
Acaba sendo curioso pensar desta forma, quantos de nós nos identificamos com isso, quantos de nós não gostaríamos de sermos mágicos da vida, surpreendentes e esperançosos. Ou quem sabe trapezistas intrépidos e corajosos, ou malabaristas da vida, mas no palco da vida ninguém quer ser reconhecidos como palhaços. Queremos a sua alegria, mas não o seu papel, na minha opinião deveríamos olhar melhor para a vida do nosso amigo de nariz vermelho.
O palhaço geralmente fecha o intervalo entre as atrações, ele é o “tapa buraco”, seu número nunca é o central, e nem sempre o seu papel é o de herói da situação na maioria das vezes ele sai como uma figura patética. Na vida ninguém quer ficar em segundo plano, ser o “tapa buraco”, ser conhecido como fracassado, em fim, ninguém quer fazer “papel de palhaço”.
Na minha singela opinião o Palhaço retrata um ser humano digno de reconhecimento e admiração, porquê? Bom vejamos pelo seguinte ângulo:
O palhaço é inocente e incapaz de reconhecer o mal, nele não há malicia, é tão inocente que as vezes chega a ser infantil. Além disso ele é sincero ao ponto de entregar a piada, e falar com a maior naturalidade aquilo que pensa sem medo de constranger, pois aquilo que fala é algo puro para ele. A sua inocência e ingenuidade são tamanhas que o simples ato de tocar um piano se torna uma chacota, já que ele arrasta o piano ao invés do banco, como se aquilo fosse o mais obvio a ser feito.
A figura da personagem é despreocupada com a sua imagem, ele abdicou de si ao ponto de ser ridículo em prol do riso de um desconhecido, as suas desaventuras são motivo de alegria e felicidade para os outros. Ele é ousado, mas não tem medo de demonstrar suas fraquezas, esbraveja mas morre de medo, da uma de valente mas foge no meio da situação, afinal de contas mais vale um covarde vivo do que um herói morto.
Apesar da maquiagem a comicidade de um palhaço, acontece em todo canto, ele não necessariamente precisa de um picadeiro, a rua é pode ser o seu palco, e apenas uma criança a sua plateia, isso não vai mudar em nada aquilo que ele é, a sua preocupação está em lembrar a criança de que ela é criança e ao adulto que um dia ele já foi criança, ele é cômico por natureza e trás a tona também a nossa natureza

Não descrimino todos os outros envolvidos no universo circense, muito pelo contrario admiro a todos sem exceção, mas não deixo de esconder o meu fascínio pelo CLOW, por ver nele um referencial para a vida de cristã, despreocupado com si mesmo, sincero, alegre em todo o tempo, honesto, sem medo de expor as suas fraquezas, disposto a aprender como uma criança e principalmente ele se preocupa com o bem estar do próximo pagando o preço que é necessário para mudar a sua realidade sem pedir nada em troca, pois a sua missão é levar a alegria.
Olhando assim, eu estou mais do que disposto a fazer “papel de palhaço” nesta vida.